Ator-mímico, professor, diretor e dramaturgo. Fundador do "Luis Louis – Centro de Pesquisa e Criação Artística". Formado pela Desmond Jones School of Mime and Physical Theatre (Londres). Notório Saber e Mestre pela PUC-SP.
É autor do livro "A Mímica Total", foi professor de Mímica no Royal National Theatre, na The School of the Science of Acting, ambos em Londres, e na PUC-SP - Faculdade de Comunicação e Artes do Corpo.
É Mestre em Comunicação e Semiótica (PUC-SP). Especializou-se em Linguagem do Corpo e das Emoções. Possui Expertize Leve em Microexpressões, Expressões Sutis, no Trabalho, Família e Criminal pelo Paul Enkman Group.
É, também, especialista em Artes Marciais, Tai Chi Chuan e faixa preta em Kung Fu pelo Templo Shaolin de Kung Fu (TSKF).
Dirigiu e treinou grandes nomes do teatro nacional e internacional. Coordenou e dirigiu o Manifesto da Mímica Total I, II, III e IV, em que também atuou. Preparou elencos para produções no teatro, cinema e televisão, entre elas, a minissérie "Hoje é Dia de Maria" na Rede Globo sob direção de Luiz Fernando Carvalho.
Atualmente dirige o "Show - When Whajcha Meets Pachamama" produzido por Claudio Carvalhaes que estreou em outubro de 2023 no New York Theater Festival e recebeu o prêmio de Melhor Produção Criativa dentre 90 outras produções, além das estreias em Nova York na Saint James Chapel e na Universidade Yale em New Haven nos meses de janeiro e fevereiro de 2024.
Apresenta-se, também, por todo o país e no exterior com espetáculos de repertório, ministra cursos, palestras e divulga o método da Mímica Total.
Luis Louis – Centro de Pesquisa e Criação Artística concentra as atividades de pesquisa e produções artísticas da Cia Luis Louis e, também, as do seu fundador Luis Louis e de tudo que se refere à metodologia da Mímica Total desenvolvida nos últimos 33 anos.
Até 2014 essas atividades eram representadas pela LL Produções Artísticas, depois pela Cooperativa de Teatro de São Paulo. A partir de 2015, todas as atividades da Cia passam a ser representadas e produzidas por este proponente.
Desde então, dedica-se as seguintes atividades:
Criação e produção de espetáculos, entre eles: “700 mil horas” (Viagem Teatral Sesi - 2016), “Selvagem” (Teatro Sérgio Cardoso/Cultura em Casa - 2022), “Falas de um Mímico” (Festol Lençóis Paulista 2023) e atualmente o espetáculo inédito “Ilusão” com previsão de estreia para o final de 2024.
Direção de Espetáculos além do repertório da Cia Luis Louis: “When Wajcha Meets Pachamama” de Claudio Carvalhaes (prêmio da produção mais criativa no New York Theatre Festival em 2023). Em janeiro e fevereiro de 2024 este espetáculo foi apresentado na Union Theological Seminary, instituição ligada a Universidade da Columbia de Nova York e na Yale University em New Haven (EUA).
Cursos do Método da Mímica Total e Formação desde 2015, no Estúdio Luis Louis, sede do Centro de Pesquisa e Criação, em São Paulo. Também, na Argentina em 2022, Curitiba, Maringá, Ribeirão Preto, Lençois Paulista em 2023 e nos EUA em 2023 e 2024.
Palestras-espetáculos: “Tornar visível o invisível” e “Afinal, o que é Mímica Total".
Treinamento de Elencos para diversas companhias teatrais, entre elas: “Ópera Dom Quixote”, direção Jorge Takla, no Theatro São Pedro - 2016, “Núcleo Artístico Avoa” -2017, “Grupo Lona Preta” 2023, elenco do espetáculo “When Wajcha Meets Pachamama” em 2023 e 2024 entre outros.
Produção Artística online: do espetáculo “Selvagem” em 2022 para a plataforma Cultura em Casa. Cursos de Formação do Método da Mímica Total online desde 2017, Webinários e Festival Online de Mímica Total 1 e 2 em janeiro e julho de 2022 respectivamente.
Produção de Textos sobre a Cia Luis Louis e a Mímica Total: Revista Sesc - 2022, artigos para o Blog do site Luis Louis e Ebooks.
O Luis Louis - Centro de Pesquisa e Criação, como sede da Cia. Luis Louis e suas pesquisas já ficou sediado em 4 espaços na cidade de São Paulo. Em 2015 na Rua Frei Caneca, 322 - 3° andar. Neste local, a Cia. Luis Louis desenvolveu os trabalhos da companhia, coordenou o Laboratório de Pesquisa e Criação, ministrou cursos, ofereceu assistência a grupos de teatro/dança/performance, organizou e produziu material de pesquisa (livros, estudos registrados e vídeos), além de outras atividades relacionadas a essa área.
Em janeiro de 2016, o Centro de Pesquisa e Criação ganhou uma nova sede, na rua Pedro Taques, 145, com uma ampla estrutura para desenvolver a pesquisa, os cursos, apresentações e diversos eventos relacionados à arte da Mímica Total. Em 2021, mudou para a Avenida Paulista, 1765, conjunto 121 e atualmente se encontra na Rua Artur Prado, 122 na Bela Vista.
O Centro de Pesquisa se tornou uma referência dessa arte no país. Já recebeu centenas de artistas e pesquisadores interessados de todo o país, que vieram em busca de informações, realizar pesquisas, participar de cursos e oficinas. Alguns vieram da Bahia, Ceará, Brasília, Paraná, Santa Catarina, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Entre os grupos que já passaram pelo estúdio estão: a “Cia. do Ator Cômico”, de Curitiba, dirigida por Mauro Zanatta; “Téspis Cia. de Teatro”, de Florianópolis, dirigida por Max Reinert; o “Grupo Teatro Ritual”, de Goiânia; a “Cia. Teatro Gira” de Fortaleza; “Grupo Pontapé” de Uberlândia; “Cia. Delas”; “Cia. Polivox de Teatro”; “Cia. dos Truões”; “Vácuos Experimentos Teatrais”; “Núcleo Artístico Avoa”, entre outros.
Com o passar dos anos, surgiu uma grande demanda do exterior também, e Luis Louis continua recebendo diversas propostas de intercâmbio de artistas de vários cantos do país e do exterior.
A Mímica Total é um método criado por Luis Louis em 2004, resultado de uma longa pesquisa artística e acadêmica na arte de ator/atriz criadores. Nela, a Mímica é entendida como ato de corporificação da expressão da vida, que envolve o ato total, pensamento, o corpo e, também, a voz, integrados na figura do artista-criador.
O Método da Mímica Total se caracteriza por uma Jornada que vai do “Silêncio à Palavra” que aborda as técnicas e conceitos da Mímica Clássica à Contemporânea, também chamada de Teatro Físico. Nessa jornada esse método rompe com os bloqueios expressivos e libera o fluxo criativo. Em seguida, oferece ferramentas concretas e uma gramática corporal incrível para transformar as ideias em ação e gesto.
Durante esse caminho o artista conquista autonomia, técnicas e liberdade para se tornar criador e criação, autor e obra ao mesmo tempo. Este olhar promove uma mudança na atitude do artista, propondo que se torne um ator/atriz-criador/a que inicia o seu trabalho antes de receber um texto escrito, como acontece com o ator-intérprete. Aqui, este artista se conecta com o seu desejo expressivo, a sua urgência criadora que se transformará em obra artística original.
É a arte de tornar o visível o invisível. Entendendo como invisível, os pensamentos, os desejos, os sentimentos, as sensações e a tudo que não é palpável. E ao tratar do visível, refiro-me aos movimentos, ações e gestos, tudo o que é palpável. Quando transformamos um sentimento ou um pensamento em ação corporal ou vocal, fazemos a mímica. É a essência do fenômeno da atuação e da comunicação.
A Mímica Total oferece um amplo e variado leque de ensinamentos para a/o atriz/ator atuar em diversos gêneros, tanto no teatro, como na linguagem de vídeo (cinema, tv e internet). Por essa razão que ela é vista em tantos estilos e formas diferentes e procurada por artistas tão heterogêneos.
A arte não cria mentiras. As representações e as criações de máscaras acontecem freqüentemente no nosso cotidiano. A arte é o espaço-tempo onde se cria realidade e quebram-se as representações. Ela afirma a vida em sua plenitude, os sentimentos, as alegrias, as dores, o ridículo do ser humano, revelando o que se passa despercebido no dia a dia.
A arte não mostra, ela revela. Ela não é um espelho da sociedade, mas a própria realidade. A arte de corporificar idéias, emoções, sentimentos, de atualizar e presentificar o virtual em realidade física e vocal, a arte do ser, do estar presente, essa é a Mímica. Por ser uma arte que trata diretamente do movimento da vida, da ação, ela existe desde os primórdios da humanidade e já era encontrada nos ritos primitivos. Ela teve diferentes fases em seu desenvolvimento, passando por vários gêneros e estéticas que vão do trágico ao cômico. Na Mímica Clássica o gênero da pantomima foi o mais conhecido.
Na Moderna, foram a Mímica Corporal Dramática e a Mímica Subjetiva. A Mímica Contemporânea é mais conhecida pelo nome de Teatro Físico que tenta se dissociar do conceito de arte silenciosa (pantomima) e enfatizar também a mímica vocal, isto é, a corporificação dos sons do pensamento, da respiração e da Natureza.
O Mímico fala, canta, grita. A mímica dos ritos primitivos já incorporava gestos e sons. Na Antiguidade, os mímicos gregos e romanos utilizavam falas e textos escritos em suas encenações. É no gênero da pantomima que não há falas, onde a narrativa gestual acontece no silêncio.
Por presentificar a vida, a mímica é encontrada nas mais diversas áreas. Existe a mímica do artista plástico, do bailarino, do ator tradicional, da vida cotidiana. De fato, onde há vida há mímica. Pintores e escultores são mímicos fantásticos. Como dizia Lecoq, “A habilidade de Picasso de desenhar um touro dependeu dele ter achado a essência do touro nele mesmo, que liberou as formas dos gestos em sua mão. Ele fazia mímica. O ato da mímica é literalmente o de corporificar e, portanto, compreender melhor”. O bailarino ao corporificar uma sensação na ação dançada está fazendo mímica, assim como o ator de teatro tradicional que, ao corporificar o subtexto e os monólogos interiores do personagem na ação física e vocal, pratica a mímica. Os nossos gestos cotidianos e expressões são frutos do ato de corporificação, ou seja, da mímica. Ela é uma maneira de descobrir e redescobrir a vida com um frescor renovado. Quando alguém nos pede para fazer a mímica de alguma ação que já se tornou automática em nosso dia a dia, precisamos nos sensibilizar novamente a todos os detalhes para poder realizá-la. Torna-se um ato de conhecimento.
A Mímica Total enxerga a mímica como um ato total, que afirma a potência da vida no pensamento, corpo e voz integrados na figura do ator-criador. É a sua totalidade que me interessa e não a visão específica ou purista encontrada nos modernistas e nem num gênero de estilo, e sim no seu todo que torna visível o invisível. Não me interessa os gêneros mas a arte. A Mímica Total recebe de braços abertos a Mímica Antiga, Clássica, Moderna e Contemporânea em sua totalidade e não em uma visão reducionista e limitante de partes isoladas. Com isso, os vários gêneros são incorporados e bem-vindos, o tanto que não se desconectem do mais importante que é a afirmação da vida. É necessário esclarecer que o todo a que me refiro não é a soma das partes, pois por mais que somemos as várias partes de um sistema algo se perde nesse cálculo. O ato total é artístico, científico e filosófico ao mesmo tempo.
É um rompimento radical com a forma de pensar o corpo como uma máquina compartimentada, dividida em mente, cérebro e corpo. Ela entende o corpo como um organismo vivo integrado que interage diretamente com o meio ambiente, afetando e sendo afetado por ele. Aqui, o corpo não é mais considerado um instrumento do pensamento, mas o próprio pensamento. O ator da Mímica Total não possui e controla um corpo, ele é o seu corpo. Ele não é só uma anatomia com articulações, tecidos, órgãos, músculos, mas sim um organismo vivo e afirmativo: o corpo como vontade de potência.
A Mímica Total é a afirmação da “arte de ator” e da sua intensa presença. Quando escrevo “arte de ator” eu relembro Etienne Decroux que se referia a uma arte que lhe é ontológica, do ser ator; e não uma arte do ator, pois não lhe pertence, ele não é o seu dono, mas quem a concebe e realiza. A genealogia etimológica da palavra, theátron, significa “o espaço onde se vê”, o edifício. Portanto, teatro é o espaço onde se encontram diversas artes, literatura, artes plásticas, arquitetura, música e etc... Quando falamos de teatro como arte, por um vício, uma deturpação, ou simplesmente um hábito de linguagem, referimo-nos à arte de ator. Poderíamos retirar o texto literário, os cenários, os figurinos, a música e até mesmo o edifício teatral que mesmo assim, restando somente o ator e o expectador, a arte de ator resiste. E, na sua essência encontra-se a Mímica.
A origem dessa palavra, vem de mímesis, que é imitação. Mas não a imitação feita do plano que se vê, mas daquilo que é intrínseco à Natureza, que faz a natureza ser natureza, ou seja, a criação. Por isso a Mímica Total necessita de um ator-criador que assume a potência que tem em si por ser, também, natureza. Ela rompe drasticamente com o textocentrismo e a sujeição do teatro à literatura. O mímico e, quando digo mímico refiro-me ao ator-criador, que assume o centro da criação por inteiro, é autor e obra ao mesmo tempo, diferente do ator-intérprete que inicia o seu trabalho após receber o seu texto. Aqui, a dramaturgia é entendida como drama ergon, isto é, o trabalho das ações, o texto como a tecedura das ações físicas, e a ação como o próprio corpo/pensamento. A dramaturgia é a do corpo em vida e não a do texto escrito.
Por que o cantor pode cantar suas composições e letras, o artista plástico pintar auto-retratos, o escritor escrever seus próprios pensamentos e somente o ator tem que ficar atrás de um personagem, interpretar textos e pensamentos de outros e restringir-se a uma hierarquia teatral? Não aceito a ditadura da escrita na arte de ator. Por ser o corpo fruto de um acontecimento, de uma força ativa e indissociavelmente integrado, ele é considerado corpo-pensante, eliminando, assim, qualquer visão compartimentada, reducionista e cartesiana.
Entendendo o corpo como o próprio ser, a Mímica Total afasta-se da representação ficcional e compreende a sua presença como integrante do ato artístico. O ator-performer afirma as suas idiossincrasias e o seu ser na persona e não na identificação com a personagem de uma obra. Nessa construção, ele rompe com a dualidade ficção/realidade e, com isso, o ator-criador serve-se das personagens para fortalecer a expressão de seus pensamentos, de suas indignações e não para ficar atrás delas e se anular numa tentativa de encarná-las.
É Total porque integra criação e obra, razão e emoção, mente e corpo, indivíduo e coletivo, visível e invisível. É Mímica porque é corporificação, é afirmação de um acontecimento, é ação, é criação, é vida.
Luis Louis.
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